AO SOL

Ao Sol que nasce quando a lua se deita e as estrelas já dormem, busquei um tempo de solidão para escrever-te e dizer-te que a tua luz e o teu calor dão testemunho da autenticidade do criador em tempo real, quando todas as manhãs te levantas e estendes os teu raios de luz e abraças o universo e te espreguiças em torno da natureza.
Sol que aqueces o planeta e brilhas na vida de todo o mundo.
Sol que derretes o gelo e o transformas em correntes de água onde a vida abunda e se reproduz a velocidade de luz.
E nesta manhã em que te contemplei e agradeci a DEUS pelo privilegio da tua visita quando entraste pela janela do meu quarto e te esticaste no meu leito e me acordaste com teu suave e quente toque.
Espreguicei-me contigo enquanto a sombra esbatia a tua reste-a de luz, levantei sorrindo, feliz porque a teu brilho inundou meu coração que pode contemplar a obra do criador.
Depois segui-te até ao jardim e vi como acariciavas as rosas e as fazias reluzir de alegria pela tua chegada, tornado especial o brilho da cor das suas pétalas enquanto as suas folhas se desdobravam como quem recebe nos braços um ser amado, as outras flores também estendiam as suas ramas manifestando-se no prazer do teu calor.
Feliz olhei mais intensamente para o jardim e deixei-me envolver no abraço onde as rosas dançavam embaladas pela suave brisa da manhã que te acompanhava.
Depois fechei os olhos para ter contigo maior intimidade poder tocar-te desde a minha natureza e sentir-te no meu rosto em beijos suaves tal como beijavas as flores do meu jardim.
Mas eu tinha que te deixar e nesse instante nos despedimos , mas tu ainda teimaste em me acompanhar e vieste comigo até ao carro e ainda assim, correste na mesma velocidade para estares presente na entrada do meu trabalho.
Depois vi-te através das janelas e brincavas com a borboleta que poisava nas flores do jardim do hospital olhaste para mim e ofuscaste-me a visão eu sorri e baixei a persiana da janela para que não entrasses.
E quando eu saí, tu ainda lá estavas no jardim brincando com as flores espojado na relva e foi agradável o teu toque, enquanto te espreguiçavas de cansaço e seguiste-me de novo, e ainda ganhaste coragem desafiaste a velocidade do carro e seguias em frente, foste comigo ás compras, caminhaste a meu lado e quando o vento me incomodava o teu calor tornava-se mais intenso, rodeavas-me protegendo-me para que a brisa não me arrefecesse.
De repente ficaste cansado , seguias-me de vagarzinho escondendo-te para que eu não visse, como teimavas em não ouvir o sono a chamar por ti e resistias...e desaparecias por entre as nuvens e voltavas a olhar-me lá do alto cada vez mais cansado desfalecias na paisagem e tua luz teimava em ficar comigo mas noite ia-te envolvendo e tu caías no teu leito completamente adormecido .
Boa noite meu amigo,vemo-nos amanhã...

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