O sol brilhante que entrava pela janela, fazia resplandecer o seu rosto enrugado acentuando os reflexos dos seus cabelos cinzentos, espalhados pela almofada da sua cama.
Parei esbaforida na porta do quarto, e contemplei-a quando no seu olhar, o esboço de um sorriso lhe iluminou o rosto ao ver-me chegar. Em silêncio trocamos um olhar cumplicidade de afectos e segredos que nos unia desde o seu ventre e sorri-lhe num beijo demorado em seu rosto.
Sentei-me junto dela e aconcheguei-me no seu braço ainda tão perfumado de amor, acompanhei os seus olhos até as árvores que se avistavam através da janela, onde o vento se baloiçava nas ramas e os pássaros cantavam nesse sol gelado de Inverno.
Ouvia-lhe o bater do coração e estremeci com o seu respirar ofegante enquanto seus lábios escaldantes tocavam a minha mão com um beijo.
Sufoquei um grito escondido na minha garganta e desmoronou em mim a coragem de a ver partir nesse dia e nesse ultimo beijo.
Parei esbaforida na porta do quarto, e contemplei-a quando no seu olhar, o esboço de um sorriso lhe iluminou o rosto ao ver-me chegar. Em silêncio trocamos um olhar cumplicidade de afectos e segredos que nos unia desde o seu ventre e sorri-lhe num beijo demorado em seu rosto.
Sentei-me junto dela e aconcheguei-me no seu braço ainda tão perfumado de amor, acompanhei os seus olhos até as árvores que se avistavam através da janela, onde o vento se baloiçava nas ramas e os pássaros cantavam nesse sol gelado de Inverno.
Ouvia-lhe o bater do coração e estremeci com o seu respirar ofegante enquanto seus lábios escaldantes tocavam a minha mão com um beijo.
Sufoquei um grito escondido na minha garganta e desmoronou em mim a coragem de a ver partir nesse dia e nesse ultimo beijo.
Dia 30 de Dezembro de 1983,
Deixas-te em mim tantas marcas do teu amor e saudades
2 comentários:
Ficas-te só nesse dia.
Despediste-te dos amigos e colegas da Triunfo parecendo um cãozinho abandonado para ires trabalhar para ai e deixas-te aqui tanta saudade.
Ao ler esse pequeno texto senti-te chorar com saudades da tua mãe e do seu colo.
Continuas a ser aquela criança inocente.
E continuas linda, verdadeira e honesta.
Coragem amiga para guardares esse coração de amor que ocupa o teu peito e que faz falta a muita gente.
Lia Lacerda
minha querida chego ao teu blogue com algum atraso mas deixo aquele beijo e aquele carinho que coroou com uma aura de sedução nosso primeiro encontro no teatro de Elvas naquela bela noite que acabou numa sacristia de alegria e convívio são.
Bem Hajas por teres esta dimensão humana e ternurenta que muita gente não consegue ser.
Beijinhos (um comboio de mercadorias deles para todos os dias de solidão)
Luís
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