Guarda chuva

A chuva cai lá fora de mansinho, na vidraça da minha janela, deslizam gotas, como pérolas transparentes.
As árvores dobram- se, ao peso da água que os ramos vão acumulando e
de quando em vez, passa apressado, um guarda chuva, multicolor que resguarda da chuva o transeunte que atravessa a rua nalgum sentido.
Encostei o rosto na minha janela para ver mais longe, através do vidro, senti um baque no meu coração e ouvi-me soltando um gemido, porque a
água que deslizava nas vidraças, deslizava também no meu rosto, reflectido no vidro.
Encostei-me mais à janela e olhei, mais alem, através das gotas de água que escorriam no meu rosto e na janela,e vi passar pela mão, duma criança, um guarda chuva, pequenino e colorido que segui até o ver desaparecer diante do meu olhar

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