Abri a porta e convidei-te a sair

E tu saíste, obediente, sem manifestares arrependimento ou vontade de permanecer, fechas-te a porta atrás de ti sem olhar para trás, as marcas do teu corpo e o teu cheiro impregnado no tecido do sofá fizeram-me companhia por muito tempo com o silencio das marcas dos teus sapatos, riscando em círculos o chão vermelho.
Mas um dia a janela do meu lugar abriu-se de par em par, deixei entrar a brisa fresca da primavera e deixei-me embriagar com o perfume que inalei.
Os pardais que esvoaçavam diante da minha janela fizeram a mais bela melodia de amor num hino à liberdade e o medo foi-se embora.
A nuvem que me sobrevoara dissipara-se, a luz fez brotar a alegria no deserto e florir em mim as rosas secas e sem vida

2 comentários:

Anónimo disse...

Amiga linda com coração de oiro.
Obrigada por seres assim .
um beijo

adrisousa disse...

Que bom ler esse texto,,,,um beijo