Quem dera

Quanto tempo sem abrir a minha janela e sem espreitar através dela, esse mundo onde me encontro e me perco tantas vezes em aventuras fantásticas que invento dentro do meu imaginário, qual refúgio onde me escondo da cruel realidade, decadente e tenebrosa que o mundo atravessa.


Fujo da inalação do fedor putrefacto da maldade e da voz horrenda da mentira que domina a humanidade, fazendo os valores perecem no coração do homem. Nesse lugar que eu sonho, invento e reinvento, metamorfoseando-me em cada palavra em paisagens de esperança através dessa janela onde tudo é paz e amor.


Com muitas primaveras e muitos Outonos quentes, com águas a correr pelas encostas da minha fantasia, aves a cantarem melodias que invento na pauta da minha imaginação e escrevo entre as cores febris do meu arco-íris, nessa tela que imaginária onde palpita alegremente o meu coração.

Quem dera que na realidade não predominasse o cinzento, nem a mentira tivesse o poder de conduzir o mundo às trevas onde a maldade tem a cor da morte.


Quem dera…