Raiva

Hoje apetece-me abrir a janela e gritar ao vento este sentimento desconfortável provocado por essa sociedade putrefacta e mal cheirosa onde as mentiras de tanto se repetirem são instituídas como verdades e se revestem de atractivos que fazem luzir o homem, ao ponto de se deixarem dominar pela cobiça e possuir o que não lhe pertence, querendo mais e mais, sem nunca haver um basta. Gritar contra aqueles que usam a politica para seu próprio conforto esquecendo que politica, (denomina-se a arte ou ciência da organização, direcção e administração de nações ou Estados ), não os interesses pessoais, nem para o seu próprio enriquecimento, nem para que escravizarem o povo. Disputam-se lugares que não querem perder, desfalca-se o país com politicas fraudulentas, que beneficiam a conta pessoal e o ego de alguns lidres, com mentiras e favorecimentos, enganam o povo a conta duma justiça que não funciona porque as leis as fabricaram eles. Verdadeiro estrume dentro e fora do parlamento onde alguma gente séria, "que será pouca", outros passivos deixam-se enebriar com os maus cheiros ou mergulham no sono ou nentão nalgum jogo on-line mantendo assim a cadeirinha ocupada e ganharem o bem bom ao fim do mês. Ai que raiva ao ver ladroes de grandes fortunas “colarinho branco” protegidos por essa justiça, que não obriga essa gentalha a devolver o que roubaram dos cofres do estado e por conseguinte dos bolsos do povo. E gritei assim no silencio das palavras o que me faz doer na alma ao olhar para lá dum sonho que a ganância pelo poder frustrou, transformando a politica em gatunagem, desacreditando quem a use.