PORTO COVO

A maresia, fresca, humedeceu-me o rosto enquanto os meus pensamentos fluiam entrecortados pelo som estridente duma gaivota voando rasando sobre a minha cabeça. Avancei mais um pouco seguindo a minha cadela, Dara, no seu passeio matinal e imaginei as ondas lá em baixo , pois com o nevoeiro extenso eu só podia ouvir o som da água batendo contra as rochas e espreguiçar-se na areia. Foi maravilhoso e enebriante sentir o cheiro da maresia e as baforadas de vento envolvendo o meu rosto.

As gaivotas passeavam-se pelos jardins à beira mar, sem se importar comigo ou com a cadela e outras esvoaçam sobre os telhados emitindo sons, que pareciam perús zangados.
Nesse lugar, respirava-se sossego, uma paz tão pura, verdadeira e cristalina na sua mais profunda essência.
Entre pensamentos e com a saudade andei por entre o casario até regressar ao lugar onde pernoitei. O sol ainda não havia nascido e voltei a deitar-me até que fossem horas de acordar..



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